Como outros posts daqui do blog me entregam, eu tenho uma queda (enorme) por obras cinematográficas adolescentes e que, apesar de muitos filmes e séries atuais do gênero serem bem ruins no geral e com muitos furos, algumas coisas realmente se salvam e ficam na média do aceitável, beirando o "bom".

Para quem curte o gênero e assiste muitas coisas com público alvo sendo adolescente, passa a ter um pequeno discernimento do que é realmente muito ruim e tosco, já que inúmeros filmes subestimam a inteligência de seu público, fazendo coisas realmente mal feitas, visando lucro, porque infelizmente a adolescência de hoje consome muita coisa mal feita (não culpo a adolescência e nem me culpo, porque já consumi muita coisa ridícula e acredito que isso seja um reflexo de um acesso a cultura muito pobre) e o que é um entretenimento adolescente razoável, dado os padrões de hoje.

A primeira temporada de Pretty Little Liars, apesar de muitos apesares, entrou para a minha lista de coisas adolescentes que eu assisti e que é "ok" para a média (média!).

Segui a lista do meu wishlife 2016 e foi bem estranho sair de uma série também pautada em suspense e mistério feitos com maestria (aqui), em um contexto cheio de representatividade e diversidade, para cair em Pretty Little Liars que, justamente por ser uma série direcionada ao público adolescente e que deveria assumir a responsabilidade da abrangência em sua obra, ter tão pouca diversidade e que, por mais que tentem dar uma pitada de personagens oprimidos, seja pela sexualidade de Emily ou distúrbios alimentares de Hanna, ainda sim voltam para o abismo do padrão e eu, atualmente, dou preferências para as séries muito mais abrangentes no quesito diversidade, recusando qualquer tipo de migalha, como citei no meu último post.

Enredo

Histórias | Personagens

A Hanna e a Spencer são, de longe, os personagens mais bem aprofundados da série, de forma que a história pessoal de cada um e as respectivas famílias fazem a série ficar muito interessante quando não está focada no mistério central.
A minha opinião sobre o clichê Aria e Prof° Ezra é a de sempre. Totalmente tosco e desnecessário e, problematizando um pouquinho, sério que vamos exibir relacionamento entre aluna e professor? Quão problemático isso é? Uma menina com recém feitos 16 anos e um professor? Bom, fica o questionamento, porque eu realmente não compactuo do consentimento de um relacionamento entre uma menina em formação, tanto do caráter e personalidade, como de suas opiniões, com um homem muito bem vivido (quase divorciado, inclusive, porque ele poderia ter entrado em um casamento com uma mulher apropriada para a idade dele).